Postado em: 15 de agosto de 2025 | Por: Ezequiel Neves

Zanin marca início de julgamento de Bolsonaro para 2 de setembro

Fotos: Reprodução

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin marcou para 2 de setembro o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de aliados, entre eles o ex-ministro Braga Netto e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, acusados de participação em uma trama golpista para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após as eleições de 2022 e manter Bolsonaro no poder.

A decisão, que atende a um pedido do ministro Alexandre de Moraes, será conduzida pela Primeira Turma do STF, presidida por Zanin, e ocorrerá de forma presencial. Além do núcleo central envolvendo o ex-presidente, outros três grupos também respondem criminalmente por participação na tentativa de golpe.

Clima azedou: Laurivan Uchôa critica falta de acesso ao governador Carlos Brandão



Reclamação na tribuna expõe afastamento político

Na sessão mais recente da Câmara Municipal de Raposa, o vereador Laurivan Uchôa reclamou abertamente que não vem sendo atendido pelo governador Carlos Brandão. O parlamentar chegou a mencionar que é “amigo” do chefe do Executivo estadual, mas apontou que uma suposta “Secretaria do fuxico” estaria dificultando seu acesso.

Contexto político explica a distância

Apesar da queixa, a relação fria entre vereador e governador pode ter explicação no tabuleiro político. Laurivan Uchôa é aliado do prefeito Eudes Barros (PL), que lidera o grupo político adversário ao de Brandão no município.

Em Raposa, o único grupo com ligação direta ao governador é o Grupo Laci, comandado pelo ex-prefeito José Laci.

Quem realmente tem acesso ao governador

Hoje, a principal ponte de Raposa com o Palácio dos Leões é o Vereador Laci Júnior, filho do ex-prefeito Laci, e não Laurivan.

Amizade política em declínio

Para quem acompanha os bastidores, o episódio deixa claro: o clima político entre Laurivan Uchôa e Carlos Brandão azedou. A disputa por espaço e influência local parece ter falado mais alto que a amizade pessoal.


Nepotismo cruzado? Pai e esposo de presidente da Câmara de Ribamar recebem salários da Câmara de Raposa


Região Metropolitana de São Luís — Um caso que mistura política, parentesco e dinheiro público está gerando indignação. Levantamento no Portal da Transparência revela que o pai e o esposo da presidente da Câmara Municipal de São José de Ribamar, Francimar Jacintho, aparecem como servidores da Câmara Municipal de Raposa, recebendo salários pagos pelos cofres da cidade.

Ligação familiar e possível conflito ético

A presidente da Câmara de Ribamar ocupa um dos cargos mais estratégicos da política municipal, com influência direta sobre orçamentos e decisões legislativas. O fato de dois parentes diretos — pai e esposo — estarem vinculados financeiramente a outra Casa Legislativa levanta questionamentos sobre a necessidade real dos cargos e se existe cumprimento efetivo das funções.

O que mostram os dados oficiais

Conforme registros do Portal da Transparência de Raposa, os nomes do pai e do esposo da presidente aparecem na folha de pagamento, recebendo boa remuneração mensal.
Não há, porém, comprovação pública de frequência, relatórios de atividades ou resultados concretos do trabalho. A Câmara de Raposa não disponibiliza relatórios detalhados sobre produtividade funcional, o que aumenta as suspeitas.

Especialistas apontam nepotismo cruzado

Juristas e especialistas em gestão pública ouvidos pela reportagem afirmam que o caso pode se enquadrar no chamado “nepotismo cruzado” — prática em que órgãos distintos contratam parentes de autoridades para driblar a proibição de contratar familiares diretamente.
Embora ainda não haja provas de contrapartida em Ribamar, a situação pode configurar violação ética e administrativa, exigindo investigação minuciosa do Ministério Público.

Falta de transparência e silêncio das autoridades

Até o momento, nem a presidente da Câmara de Ribamar, nem a direção da Câmara de Raposa se manifestaram. O espaço permanece aberto para esclarecimentos, mas o silêncio apenas alimenta a desconfiança da população.

Impacto sobre a confiança pública

Enquanto os moradores enfrentam falta de medicamentos, ruas esburacadas e insegurança, casos como este reforçam a percepção de que a máquina pública é usada para favorecer interesses pessoais.
Recursos que poderiam resolver problemas urgentes acabam destinados a nomeações questionáveis e de pouca transparência.

Próximos passos

Cabe agora ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas investigar se os servidores realmente cumprem carga horária, se os cargos são necessários e se há prática de nepotismo cruzado.
A sociedade espera respostas e, principalmente, transparência no uso do dinheiro público.





💥 Bomba que virou traque: processo de Mical contra vice-governador implode no arquivo da Justiça


O tão falado processo movido pela deputada Mical Damasceno contra o vice-governador do Maranhão acabou como muitos já previam: arquivado. A decisão, divulgada nesta semana, desmonta a ofensiva judicial da parlamentar e dá sobrevida política ao acusado, que sai fortalecido do episódio.

O caso, que começou com discursos inflamados e acusações de peso, perdeu força à medida que o tempo passou e as provas prometidas não apareceram de forma contundente. A Justiça, diante da fragilidade dos elementos apresentados, não viu motivo para seguir com a ação. Resultado: mais um processo de alto barulho e baixo resultado.

Nos bastidores, aliados do vice-governador comemoram e falam em “vitória contra ataques políticos”, enquanto adversários de Mical Damasceno questionam se a deputada teria usado o episódio mais como palanque que como instrumento legítimo de busca por justiça.

O arquivamento escancara uma realidade incômoda na política maranhense: processos e denúncias que começam como bombas muitas vezes terminam como traques — desgastando a imagem de quem acusa e fortalecendo quem é acusado.

Resta saber se Mical Damasceno insistirá em recorrer ou se vai engavetar de vez a história, focando em outras frentes para tentar recuperar terreno político. Por ora, o saldo é claro: o vice-governador segue no jogo, e a deputada sai dele enfraquecida.

Postado em: 13 de agosto de 2025 | Por: Ezequiel Neves

TJMA anula inquérito contra Felipe Camarão por vícios processuais

 

O Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA) determinou a nulidade de todos os atos do inquérito policial que investigava o vice-governador Felipe Camarão (PT) por suposto crime de difamação contra a deputada Mical Damasceno em prints vazados por um blogueiro. A decisão, tomada pelo Órgão Especial da corte, considerou irregularidades processuais que comprometeram a validade jurídica da investigação.

Por 21 votos a favor, os desembargadores acataram o relatório que apontou vícios no procedimento investigatório, determinando o arquivamento definitivo do caso. O único voto divergente questionou apenas a competência do tribunal para analisar a matéria, sem se opor ao mérito da decisão.

O processo perdeu sua validade após o colegiado entender que as provas coletadas não atendiam aos requisitos legais. O Ministério Público havia se manifestado pelo arquivamento, reconhecendo problemas na formação do conjunto probatório.

O caso ganhou repercussão política no estado e mobilizou sete advogados na defesa do investigado.

A decisão do TJ-MA torna definitivo o arquivamento do inquérito, encerrando as investigações sem possibilidade de reapreciação. O tribunal destacou que a medida preserva os princípios constitucionais do processo penal. 


Guará News

💣 ESCÂNDALO EM RAPOSA: Eudes Barros fecha contrato milionário para reformar pequena escola — custo é o dobro da média regional



O prefeito Eudes Barros autorizou, no dia 1º de julho de 2025, um contrato de R$ 1.026.606,10 com a empresa Proserv Multi Empreendimentos Ltda. Objetivo: reformar e ampliar a Unidade Escolar Nova Araçagi.

O valor causa espanto. Mais de um milhão de reais para uma obra em uma escola modesta, enquanto em municípios vizinhos, reformas do mesmo porte custaram menos da metade.
Em Paço do Lumiar, por exemplo, escolas equivalentes foram reformadas por cerca de R$ 500 mil, com melhorias mais amplas — como climatização de todas as salas e painéis solares.

🚨 O que está errado aqui?

  • Custo acima do mercado: até 100% mais caro que obras semelhantes.
  • Falta de transparência: a Prefeitura não divulgou o projeto técnico, a planilha detalhada nem o cronograma da obra.
  • Dinheiro público em risco: sem informações, a população não sabe se está pagando por qualidade ou financiando desperdício.

Especialistas em gestão pública são claros: economicidade é lei. Gastar mais do que o necessário fere o interesse coletivo e pode abrir margem para superfaturamento.

Enquanto os documentos não vêm à luz, fica a pergunta que não quer calar:
Estamos diante de um investimento legítimo ou de mais um capítulo de desperdício e suspeita na gestão Eudes Barros?







Advogado Tarcísio Gomes comenta sobre o Caso Igor Cabral e a agressão na unidade prisional


Por Advogado Tarcísio Gomes 


A vingança nunca é plena, mata a alma e envenena.


Nos últimos dias, o caso da agressão sofrida por Igor Cabral dentro de uma unidade prisional ganhou grande repercussão nacional. Imagens chocantes e relatos da violência cometida reacenderam no público um sentimento antigo e perigoso: o desejo de vingança.

Pouco depois, muitos usuários nas redes sociais comemoraram o episódio e chegaram a incentivar outras formas de castigo físico contra o acusado. Esse fenômeno — o famoso “olho por olho, dente por dente” —, apesar de compreensível diante da revolta, é profundamente preocupante e precisa ser analisado com cautela.

O sentimento de vingança, muitas vezes, surge da descrença no sistema judicial e na sua capacidade de garantir justiça. Porém, substituir o devido processo legal por punições arbitrárias não é apenas ilegal, mas também cruel e ineficaz.

A vingança corrói a sociedade, cega o senso crítico e, muitas vezes, extrapola o ambiente virtual, gerando consequências trágicas que podem atingir até inocentes. Por isso, o direito de punir foi delegado exclusivamente ao Estado, por meio do Poder Judiciário, para que as sanções sejam aplicadas com base na lei, na investigação e no julgamento justo.

Um exemplo trágico dessa confusão entre justiça e vingança é o caso de Fabiane Maria de Jesus, uma dona de casa e mãe de duas crianças, que foi brutalmente linchada em Guarujá, São Paulo, em 2014. Fabiane foi falsamente acusada de ser sequestradora e acabou morta por uma multidão enfurecida, em um crime de “justiça popular” que chocou o país.

Casos como esse mostram que o impulso irracional da vingança é uma ameaça constante ao Estado Democrático de Direito. É fundamental que a sociedade reflita sobre essa diferença crucial entre buscar justiça e sucumbir ao desejo de vingança.

Se permitirmos que a emoção guie as decisões e abandonarmos o princípio do devido processo legal, corremos o risco de viver um verdadeiro caos, onde a lei perde seu valor e o conflito social se agrava.