Mulher tenta agredir Flávio Dino em voo: reflexo da escalada de ódio bolsonarista

Mais um episódio vergonhoso marcou a política brasileira nesta segunda-feira (1º). Dentro de um avião que decolaria de São Luís rumo a Brasília, uma mulher tentou agredir o ministro do STF e ex-governador Flávio Dino. Aos gritos, ela afirmou que “não respeita esse tipo de gente” e que “este avião está contaminado”.

A intervenção rápida de seguranças e de um policial à paisana evitou que a situação se tornasse uma tragédia. Mas o fato em si é sintomático de algo maior: a radicalização promovida por grupos bolsonaristas que transformaram a política em um campo de ódio, onde o diálogo e o respeito se tornaram exceções.

Um ataque que é sintoma de um problema político

Não se trata de um ato isolado de insanidade. É consequência direta de anos de discurso de ódio, fake news e intolerância promovida por setores da extrema-direita. Flávio Dino, com sua postura firme contra o bolsonarismo, se tornou alvo constante de ataques verbais e agora até físicos.

Quando uma mulher se sente autorizada a tentar agredir um ministro dentro de um avião, está reproduzindo a violência política incentivada por esse grupo, que transforma adversários em inimigos pessoais e a democracia em palco de radicalismo.

A falência do debate democrático

O Brasil não pode mais fechar os olhos. Divergência política não justifica agressão física ou moral. O episódio expõe uma sociedade cada vez mais intolerante, em que os bolsonaristas extremos insistem em impor ódio e medo, corroendo qualquer espaço de debate civilizado.

Enquanto grupos radicais continuarem a estimular ataques, insultos e violência contra figuras públicas como Flávio Dino, o Brasil seguirá refém do ódio político. O episódio no voo é apenas um reflexo do que já se tornou rotina: um país em que a violência simbólica e física substitui argumentos. É hora de reagir, com firmeza e democracia, contra aqueles que confundem política com guerra.