CEADEMA se cala diante do julgamento do Pastor Gil no STF: omissão ou estratégia?

A Convenção Estadual das Assembleias de Deus no Maranhão (CEADEMA), uma das instituições religiosas mais influentes do estado, surpreendeu ao não se posicionar sobre o julgamento do Pastor Gil no STF. O pastor, que é filiado à convenção, responde a acusações graves ligadas ao uso de emendas parlamentares, mas até agora a CEADEMA preferiu o silêncio absoluto.

Silêncio que fala alto

Em casos de grande repercussão, espera-se que uma entidade do porte da CEADEMA defenda princípios como ética, moralidade e transparência. No entanto, a omissão neste episódio gera um forte desgaste. Para muitos fiéis, a falta de resposta da convenção soa como conivência ou até mesmo medo de enfrentar a verdade.

Outros interpretam o silêncio como uma estratégia de autopreservação, tentando blindar a imagem da convenção em meio a um escândalo que pode respingar em suas lideranças. Mas será que a omissão não acaba sendo mais prejudicial do que um posicionamento claro?

A crise entre fé e política

O caso do Pastor Gil no STF traz à tona o velho debate sobre a mistura de fé e política. Quando líderes religiosos se envolvem em escândalos, a credibilidade das instituições a que pertencem fica inevitavelmente em xeque. O silêncio da CEADEMA pode passar a mensagem de que a convenção fecha os olhos para a corrupção quando o acusado é um dos seus.

Fiéis cobram respostas

Nas redes sociais, membros da Assembleia de Deus já manifestam indignação e cobram um pronunciamento oficial. O que se espera é uma postura firme que reafirme o compromisso da convenção com a verdade e com a ética cristã.

O julgamento do Pastor Gil no STF não afeta apenas sua trajetória pessoal, mas também expõe a CEADEMA ao escrutínio público. E, em tempos de redes sociais e cobrança por transparência, o silêncio pode ser interpretado como cumplicidade.