Postado em: 11 de novembro de 2025 | Por: Ezequiel Neves

Jair Bolsonaro completa 100 dias em prisão domiciliar sob decisão de Alexandre de Moraes



Nesta terça-feira (11), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) completa 100 dias em prisão domiciliar, medida imposta pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão inclui uma série de restrições, como o uso de tornozeleira eletrônica, a proibição de acesso às redes sociais e a vedação de contato com outros investigados.

Bolsonaro também está autorizado a receber apenas visitas previamente aprovadas pelo magistrado, entre elas aliados políticos próximos e um grupo de oração que se reúne semanalmente em sua residência.

A prisão domiciliar de Jair Bolsonaro foi decretada após o descumprimento de medidas restritivas relacionadas ao inquérito que investiga a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) em supostos ataques ao Judiciário.

Embora a punição atual não esteja diretamente vinculada à condenação de 27 anos e três meses de prisão por suposta liderança em plano de golpe de Estado, a defesa do ex-presidente avalia a possibilidade de solicitar o abatimento desse período no cumprimento da pena.

Durante os 100 dias sob custódia, Bolsonaro deixou o imóvel três vezes — duas com autorização judicial e uma em razão de emergência médica. O caso segue sob acompanhamento do STF e continua sendo um dos temas mais debatidos no cenário político brasileiro.

Análise e contexto político

A situação de Jair Bolsonaro reflete o atual momento de tensão institucional no país e reforça o papel do Supremo Tribunal Federal como ator central nas investigações sobre tentativas de interferência no processo democrático. Analistas políticos avaliam que o cumprimento da prisão domiciliar e as eventuais decisões sobre o abatimento da pena podem influenciar o futuro político do ex-presidente e do seu partido, o PL.

Enquanto aliados defendem que o caso tem caráter político, críticos sustentam que as medidas impostas são resultado direto das investigações conduzidas pelo STF. O desenrolar do processo deve continuar repercutindo nos debates sobre liberdade de expressão, responsabilidade política e independência entre os poderes no Brasil.

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