A recente posição assumida pela direção nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) em favor do vice-governador Felipe Camarão (PT) começa a redesenhar o cenário da sucessão estadual no Maranhão e acende um importante sinal de alerta no Palácio dos Leões.
Enquanto o governador Carlos Brandão (PSB) articula um acordo político que sustente a tentativa de viabilizar a candidatura do sobrinho, Orleans Brandão, o movimento do PT em Brasília segue em direção oposta. Na última definição interna, o partido incluiu Camarão na lista de pré-candidatos prioritários aos governos estaduais em 2026, fortalecendo seu projeto e criando um novo obstáculo para os planos da família Brandão.
A força da decisão nacional do PT não é isolada. O próprio presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, já teria sinalizado diretamente a Brandão que a sigla considera a candidatura de Felipe Camarão uma prioridade. Mesmo assim, o governador mantém a estratégia de promover o nome do sobrinho como seu sucessor.
Na reunião a portas fechadas — que repercutiu fortemente nos bastidores — Lula teria defendido que Brandão liderasse um processo de pacificação do grupo político que esteve unido nas eleições de 2022, mas que hoje se encontra fragmentado entre dinistas e brandonistas. Parte dessa orientação já havia sido mencionada publicamente pelo presidente em entrevista à TV Mirante.
Diante do histórico desempenho eleitoral de Lula no Maranhão, onde o petista costuma ultrapassar a marca de 80% dos votos, aliados governistas começam a reconhecer que o tradicional “peso dos Leões” só funciona plenamente quando está alinhado com o Planalto.
Agora, com o apoio nacional do PT a Felipe Camarão se consolidando, cresce a expectativa de que Brandão tenha de reunir sua cúpula familiar para revisar estratégias e buscar alternativas para um problema político criado dentro do próprio grupo. Sem o respaldo do PT e do presidente, o projeto político dos Brandão passa a enfrentar dificuldades significativas — tanto na tentativa de conquistar o governo estadual quanto em eventuais pretensões ao Senado em 2026.
O Maranhão pode estar à beira de um novo recomeço político, com forças se reorganizando e alianças sendo postas à prova no tabuleiro de 2026.

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