As festas juninas são, historicamente, um símbolo da cultura nordestina. Em Raposa, o São João sempre foi celebrado com a alegria das barracas de palha, comidas típicas, fogueiras e roupas xadrez. No entanto, em 2024, essa tradição foi ignorada pela atual gestão municipal.
O prefeito Eudes Barros (PL) decidiu acabar com as tradicionais barracas de palha no “Arraial do Viva”. Em seu lugar, mandou instalar estruturas de ferro e lona, fornecidas por uma empresa contratada pela prefeitura. A medida, longe de modernizar o evento, acabou por esvaziar sua identidade cultural.
Ao substituir as barracas de palha por tendas padronizadas, o prefeito não apenas eliminou um dos principais símbolos visuais da festa, mas também prejudicou dezenas de trabalhadores locais que dependiam da montagem e produção artesanal dessas estruturas para garantir uma renda extra nesse período. Artesãos, carpinteiros, trançadores de palha e pequenos fornecedores ficaram de fora da festa — e do orçamento.
A decisão evidencia o distanciamento da gestão com os valores culturais da comunidade. Ao ignorar a tradição, Eudes Barros impõe um modelo de festa genérico e sem alma, apagando o que há de mais autêntico no São João de Raposa.
Modernizar não é sinônimo de descaracterizar. O povo merece respeito às suas raízes e incentivo à economia local, e não decisões que apagam o brilho da festa e cortam oportunidades de trabalho.
Infelizmente, o que se vê hoje é um arraial sem cor, sem identidade — e sem palha.
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