A aliança entre o governador Carlos Brandão (PSB) e o vice-governador Felipe Camarão (PT) vem se consolidando como uma das mais estratégicas do cenário político maranhense. De um lado, um líder tradicional, articulador e experiente. Do outro, um quadro técnico, jovem, com forte apelo popular, especialmente na área da educação.
Mais do que uma composição eleitoral, a dupla tem demonstrado sintonia na condução do governo, o que levanta uma questão central: trata-se de uma parceria que visa apenas à estabilidade política ou de um projeto conjunto com foco no desenvolvimento do Maranhão?
Brandão tem seguido à risca o estilo moderado, negociador e discreto. Já Camarão tem ocupado espaços estratégicos, principalmente no diálogo com setores progressistas e movimentos sociais. A harmonia entre os dois tem chamado atenção por contrastar com os frequentes embates internos em outras gestões.
Nos bastidores, há quem diga que a união já mira 2026. Camarão, apontado como potencial sucessor, pode herdar não apenas a estrutura política, mas também o capital simbólico de uma administração bem avaliada — se assim ela permanecer. Para Brandão, manter o vice por perto é garantir continuidade e evitar turbulências internas.
No entanto, a grande pergunta permanece: o eleitor maranhense está diante de uma união construída com base em propósitos claros de avanço social e econômico ou apenas assistindo a mais um capítulo do jogo político tradicional?
Os próximos passos da gestão dirão. Por ora, o que se vê é uma aliança funcional, com resultados positivos em algumas áreas. Mas, como em toda articulação política, o tempo — e a resposta das urnas — será o verdadeiro juiz.
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